Brenda
Caroline dos Santos Jeanfelice
Graduanda em Medicina Veterinária, UEL
Quem nunca pegou um resfriado e ao aferir sua temperatura
percebeu que estava febril?
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Fonte: Google Imagens |
A febre é um dos sinais clínicos mais comuns no ser humano e
também nos animais, e caracteriza-se pela elevação da temperatura corpórea além
dos limites considerados normais (36° a 37,4°C, em humanos). Por estar
associada às situações desagradáveis, a febre sempre foi considerada pelas
pessoas como algo prejudicial, no entanto, não é todo mundo que entende o
porquê ela ocorre.
A temperatura do nosso corpo é controlada por uma região do
nosso cérebro chamada hipotálamo. Em condições ideais, ela deve se manter
constante para que o nosso organismo funcione de forma correta (com exceção em
situações como exercícios físicos e ambientes muitos quentes ou frios). Porém,
quando somos invadidos por microrganismos patogênicos, como alguns vírus e
bactérias, nossa temperatura aumenta.
Por que isso ocorre?
Quando o nosso corpo se sente ameaçado por microrganismos,
células de defesa são ativadas e atuam como soldados a fim de combater o agente
causador da infecção. Durante essa batalha, os glóbulos brancos induzem a
produção de substâncias chamadas pelos cientistas de “prostaglandinas”, as
quais são responsáveis pela presença de inflamação e dor. Essas substâncias
agem no centro termorregulador do hipotálamo fazendo-o aumentar a temperatura
corpórea. Como as bactérias e vírus vivem confortavelmente em temperaturas ao
redor dos 36-37ºC, o aquecimento do corpo impede a replicação desses microrganismos
invasores e estimula ainda mais o combate realizado pelas nossas células de
defesa.
Sinais como calafrios, constrição dos vasos da pele,
piloereção (arrepios), aceleração dos batimentos cardíacos e contração muscular
indicam que o nosso corpo está produzindo calor para essa finalidade. É nessa
hora que você está todo cheio de roupas, debaixo de um cobertor, tremendo e
sentindo muito frio.
A fim de reverter esses sintomas é indicado um anti-inflamatório
ou um antitérmico. A ação desses medicamentos faz com que as prostaglandinas
diminuam e o hipotálamo retorna ao seu funcionamento habitual. No entanto,
deve-se ficar atento àqueles microrganismos causadores da febre, visto que essa
medicação só controla a temperatura, mas não destrói os agentes agressores.
Vale destacar ainda que a automedicação é sempre desaconselhável. Você pode
colocar sua vida em risco. Procure sempre um profissional de saúde indicado
para seu caso.
Para
saber mais acesse:
https://drauziovarella.com.br/letras/f/febre/.
Acesso em: 20 mar. 2017.
http://lucasnicolau.com/?v=publicacoes&id=2.
Acesso em: 20 mar. 2017.
Abraços, e até o próximo post!
Bibliografia
GUYTON,
A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 11ª ed. Rio de Janeiro, Elsevier
Ed., 2006