Daniela Cristina Lopes Rejan
Bióloga,
Mestranda em Ensino de Ciências e Educação Matemática
A febre amarela (FA) é uma doença
infecciosa febril aguda, não contagiosa e grave que, se não tratada rapidamente,
pode levar à morte em cerca de uma semana. Os sintomas incluem febre,
calafrios, dores de cabeça, dores nas costas e no corpo em geral, náuseas e
vômitos, fadiga e fraqueza. Em casos mais graves, pode ocorrer febre alta,
icterícia (coloração amarelada na pele e no branco dos olhos), hemorragia e,
eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos.
Figura 1. Ciclos da febre amarela. Fonte: Ministério da Saúde. |
Segundo o Ministério da Saúde
brasileiro, os casos de FA são classificados como silvestre ou urbana, sendo
que a diferença entre elas está apenas no mosquito transmissor. Na FA
silvestre, mosquitos dos gêneros Haemagogus
e Sabethes transmitem o vírus, e os
macacos são os principais hospedeiros. Nessa situação, os casos em humanos
acontecem quando uma pessoa não vacinada visita uma área silvestre e é picada
por um mosquito infectado. Já na FA urbana, o vírus é transmitido pelos
mosquitos Aedes aegyptii (sim, o
mesmo da dengue!) ao homem.
Agora, porque estamos falando tudo
isso? PELOS MACACOS!
Nosso país vive um momento de surto
dessa doença e, na última semana, muitas notícias foram veiculadas nos meios de
comunicação sobre a morte de macacos nas áreas onde está ocorrendo esta doença.
E nestes locais encontram-se primatas ameaçados de extinção, como o bugio, o
macaco-prego-de-crista, além dos Muriquis do sul e do norte.
O Ministério da Saúde tem alertado
a população para que não mate esses macacos, pois, além de gerar um grande
desequilíbrio ambiental, eles servem de guias para que as medidas de prevenção
sejam tomadas. É importante que eles sejam mantidos em seu ambiente, pois servem
como indicador da presença do vírus em determinadas regiões.
Figura 2. Informativo. Fonte: Ministério da Saúde |
Além disso, matar animais é
considerado crime ambiental, previsto pelo Art. 29 da Lei n° 9.605/98. “Matar,
perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em
rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade
competente, ou em desacordo com a obtida”, podendo gerar pena de 6 meses a 1
ano de prisão, mais multa.
"É importante que a população tenha plena
consciência de que os macacos não são responsáveis pela existência do vírus e
nem por sua transmissão a humanos. Eles precisam ser protegidos. A morte desses
animais traz enorme desequilíbrio ambiental, que não pode ser agravado pela ação
do homem”, ressalta o diretor de Conservação e
Manejo de Espécies do Ministério do Meio Ambiente, Ugo Vercillo.
Então, fica aqui o alerta do NT!
Abraços, e até o próximo post!
Bibliografia
BRASIL,
Ministério da Saúde. Blog
da Saúde: Não matem os macacos! Eles são aliados da saúde no combate à Febre
Amarela. 2017.
Disponível em:
<http://www.blog.saude.gov.br/index.php/promocao-da-saude/52422-nao-matem-os-macacos-eles-sao-aliados-da-saude-no-combate-a-febre-amarela>.
Acesso em: 19 mar. 2017.
BRASIL, Ministério da Saúde. Portal
da Saúde: Febre Amarela. 2017. Disponível em:
<http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/svs/febre-amarela>.
Acesso em: 19 mar. 2017.
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